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Realidade através de mãos solidárias

Por Isaque Silva e José Eduardo


Vivência das comunidades que participam da cultura e arte nos bairros de Salvador



(Fonte: Site / Worldpackers)


Os impactos das ações comunitárias interferem diretamente em vários tipos de comunidade. Elas funcionam como um processo de identificação, que pontuam os traços característicos dos modos de ser e de viver daquela localidade. A partir disso, o trabalho das agências comunitárias de comunicação se torna relevante e assim, garantem maior visibilidade e inclusão.


Segundo o site Ibercultura Viva, as organizações culturais comunitárias são conceituadas como aquelas que desenvolvem ações culturais, educacionais e de comunicação popular vinculadas a um território, de maneira permanente, não diretamente vinculada ao âmbito estatal ou ao mercado de bens, produtos e serviços culturais.


Um bom exemplo é a Agência de Notícias das Favelas (ANF), que conta com uma Sede no Rio de Janeiro e com várias filiais pelo país. Trata-se de um portal de notícias comunitário voltado para a apresentação das atividades dos membros das favelas de todo o Brasil. Quem colabora com esse projeto é Jadson Nascimento, 29. Ele atua como repórter e redator na elaboração de matérias focadas em pessoas pretas e cultura.


(Fonte: Site / Agência de Notícias das Favelas)


Para o profissional, os impactos que as ações comunitárias podem gerar na comunidade são positivos, porque despertam o senso crítico dentro dos membros que a constituem.


"(...) quando a comunidade entende o seu poder e que ela tem direito, ela deixa de ser apenas um agente que faz parte da “massa”. Ela agora passa a questionar e dizer que a sua cultura também tem valor. E aí começa o processo de desconstrução da identidade (...)", conta Jadson.

Infelizmente, muitas dessas organizações não recebem o devido reconhecimento, por seus tipos de atividade não serem do vivencial da dinâmica do cotidiano. Diante disso, torna-se necessário se discutir a respeito da relevância dessas atividades no cenário social e o porquê devemos considerá-las como fundamental para a formação do cidadão brasileiro.


“Essa atividade gera um impacto social muito grande, principalmente na vida do jovem, que ao ver que sua origem, sua produção tem valor, e ele é considerado importante, gera um novo ponto de vista que faz com que esses jovens se valorizem e valorizem a sua história”, explica Jadson.

(Fonte: Site / Agência de Notícias das Favelas)


Apesar de parecer coincidência, mas por aqui temos xarás. Jadison Palma (27) - dessa vez com o nome acrescido com a letra ‘i’ - lidera um projeto que tem o intuito de mudar a vida de diversas pessoas, o Jovens Periféricos. Ele é morador do bairro de Fazenda Coutos III e conseguiu reunir cerca de 300 alunos que participam de oficinas de moda, teatro, música, canto, estudos literários, inglês, dentre outros.


(Fonte: Instagram - @jovensperifericos / Instituto Jovens Periféricos)


Em entrevista, o idealizador do Projeto Jovens Periféricos, Jadison Palma, diz que o projeto tem foco em mobilizar toda cidade e adjacências para refletir na sociedade criando um impacto para os demais estados, através das redes sociais e explica que as atividades realizadas tem gerado diversos conhecimentos, não somente no âmbito cultural, mas no desenvolvimento pessoal.


"As aulas são em sua maioria coparticipativas onde transforma o aluno em integrante no processo de aprendizado, tornando-o figura no polo ativo do desenvolvimento das atividades, de maneira que o mesmo se insere no processo e não se torna apenas aluno. A proposta visa trabalhar a autoestima dos participantes demonstrando aos mesmos as inúmeras possibilidades que o conhecimento pode proporcionar as suas histórias", conta.

(Fonte: Instagram - @jovensperifericos / Instituto Jovens Periféricos)


Em entrevista ao site Agência de Notícias das Favelas, Jadison Palma, fala da importância de dar visibilidade ao projeto:


“É um evento muito importante para esses jovens e para mim também, porque conseguimos revelar vários talentos que estão escondidos, ativando e reanimando a autoestima desses jovens que se acham feios, sofrem de depressão e outros fatores. E fico muito feliz pois eles estão empenhados não só no concurso, mas na vida acadêmica também.

Além das aulas e dinâmicas do projeto, existe um concurso chamado "Garoto e Garota Periféricos" que de acordo com ele, é um concurso de beleza periférica criado com o intuito de enaltecer a beleza da juventude local.


São através desses projetos que a comunidade e os seus componentes acabam sendo reconhecidos e valorizados pela sua própria maneira de ser. Talvez não seja um modo de vida que ganhe tanto destaque. Mas dentro dos próprios limites, e com a ajuda de pessoas e ações comunitárias, a tendência é que essas comunidades prosperem cada vez mais.


(Fonte: Site / Agência de Notícias das Favelas)










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