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Impactos que a pandemia causou nas festividades em Salvador


Com a chegada do coronavírus, os baianos ficaram sem o Carnaval, São João e outras festas.


Por Fabielle Nascimento e Joice Cirqueira


O carnaval de Salvador em 2020 aconteceu no dia 19 de fevereiro, com trios elétricos e um público enorme. Em 1959 o carnaval ganhou forças graças a Dodô e Osmar, e desde então todo ano essa festa acontece, porém em dezembro de 2019 a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de um novo tipo de coronavírus ,que não havia sido identificado antes em seres humanos . Em janeiro de 2020, a OMS declarou que o novo coronavírus, constitui uma Emergência de Saúde Pública da Importância Internacional (ESPII).


No mês de março de 2020 os casos da COVID-19 já tinham chegado à Bahia. O prefeito começou a tomar medidas de prevenção, uma dessas medidas foi a suspensão das festividades por conta das aglomerações, por mais que essas medidas fossem para segurança, muitas pessoas se sentiram incomodadas e infelizes, já que não podiam sair e nem curtir as festividades que Salvador oferece.




Farol da Barra em Salvador Foto: Reprodução/Google

Para a estudante, Elisa Felix, 23, o carnaval é a sua festa favorita. "Desde a infância eu sempre adorei carnaval, tenho várias fotos fantasiadas na infância e muitas lembranças boas indo atrás dos trios e no meio da folia", contou ela.


Por conta da pandemia, o carnaval precisou ser suspenso, para Elisa foi muito estranho, principalmente porque estava em casa o tempo inteiro, ocorreram várias lives, mas não era a mesma coisa. Como o carnaval é sua festa preferida, sentia muito falta, pra ela foi como se o ano não tivesse completo.


O carnaval é alegria, é cor, diversão, muita música, é uma festa onde ninguém fica parado, para uns o carnaval é a melhor festa que pode acontecer em Salvador, e para Elisa não é diferente. "Porque há uma libertação indizível, não sei como explicar, parece que naqueles 5 dias eu me torno uma versão mais feliz de mim mesma. Sou uma Elisa sem preocupações externas, sem rancores, sem sentimentos ruins. É como diz a letra da música Baianidade Nagô, de Daniela Mercury "eu queria que essa fantasia fosse eterna, quem sabe um dia a paz vence a guerra e viver será só festejar", explicou.


Se para outros o carnaval é a melhor festa que Salvador oferece, para uns o São João é a melhor época do ano. Uns adoram pela dança, que é a quadrilha junina, outros pelas comidas típicas, como o milho, paçoca, canjica, pamonha e outras, as fogueiras e as roupas que também fazem parte desse cenário.


Imagem Ilustrativa: Foto/ Reprodução Google


Algumas pessoas consideram que o São João é melhor no interior do que em Salvador, para Romenilson Lima, 23, passar essa festividade no interior é a melhor coisa,com aquele friozinho gostoso, o clima, as comidas tipicas, dança e muita música. Nada como estar em um bom lugar acompanhado de pessoas que ama.


“É uma época onde saímos um pouco da rotina, temos as comidas típicas, é um clima totalmente diferente. Em junho temos o mês inteiro de festas juninas, na energia de São João, que depois vem São Pedro, porém antes de tudo tem o Santo Antônio. Fora que fica bem próximo do meu aniversário, o que pra mim deixa o mês ainda melhor”, afirmou.


A retomada desses festejos, após 2 anos, traz alegria, mas exige cuidado. Segundo Romenilson o sentimento no presente momento é de felicidade, já que a tradição junina está de volta, após dois anos, mas também o medo prevalece, pois a pandemia ainda não acabou. “Foi muito impactante pra mim viver nesse cenário de pandemia, nunca pensei em passar um São João longe das festas, sem visitar amigos no interior, sem a festa junina que já é de costume”, explicou.


A tradicional festa volta a acontecer em 2022, com todos esses festejos a Bahia, vai se preparar para receber turistas e movimentar a economia, que foi bastante prejudicada por conta do coronavírus. Segundo a Superintendência de Estudos Econômicos, em 2021, a Bahia deixou de arrecadar R $79 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por causa do cancelamento do São João.


De acordo com o estudo, cerca de R $107 milhões decorrentes de gastos de turistas nacionais e estrangeiros deixaram de circular no estado. Além disso, mais de 24 mil empregos formais e informais deixaram de ser gerados.


No carnaval não foi diferente, o cancelamento pelo segundo ano seguido das festas por conta da pandemia de Covid-19 trouxe impactos intensos para a economia do Brasil, em especial para os setores de eventos e turismos. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), tudo isso fará com que o setor de serviços deixe de lucrar algo em torno de R $3 bilhões.

 
 
 

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